quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Grandes Uniformes - Flamengo 1981

Semanas atrás, o Flamengo, que vive batendo cabeça com a Nike, tomou uma atitude pitoresca em nome da superstição. Embalado e disparando no Brasileirão, o time trocou de modelo de uniforme, agora com listras mais finas. E perdeu os dois primeiros jogos.

A culpa das derrotas foi atribuída às listras. Como ninguém pensou nisso antes, a camisa foi planejada, apresentada, aprovada, elaborada, fabricada e distribuída. Só após isso que lembraram do tal mal agouro das listras finas.
Numa ação de anti-marketing, a camisa saiu de campo, sem sair das lojas. Mas as vitórias nem por isso voltaram. Mais 4 ou 5 jogos complicados e sem vitórias, e, ora ora, os supersticiosos se dessupersticiopolizaram. A velha camisa nova voltou e em pouco tempo venceu.

Os flamenguistas tem lembranças extasiantes dos anos 80. Nessa década quase toda, o rubro-negro jogou com um uniforme de listras mais grossas. Virou um signo, uma marca, um detalhe que a paixão, só ela, faz virar pauta, assunto, questão existencial.

O time de 1981, Campeão Mundial, usava faixas mais grossas, como você vê na foto acima (tá, em Tóquio o mengo usou branco, vale o registro). A partir daí o time da Gávea imaculou o estilo nos anos seguintes, com poucas listras - e o eterno patrocínio da Petrobrás.

Acontece que em 1980, no ano anterior, como você vê nessa foto ao lado, as faixas eram mais finas. E isso não impediu, ao que parece, que o Flamengo fosse o Campeão Brasileiro.

A culpa não é do tamanho das listras. A culpa é do Zico, que joga um pouco mais de bola que o Íbson. Do Júnior, que me parece levemente superior ao Juan.
De toda forma, o Flamengo vem voltando a viver e criar histórias que fazem parte de seu folclore e seu potencial, como a média de público de 39 mil pagantes em 2007, ou o absurdíssimo de elevar Obina ao patamar de novo Fio Maravilha. Essa história das listras me soa deliciosa, romântica, engraçada. Só concebível num time como o Flamengo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O futebol moderno, a transmissão moderna

A imagem é curiosa.
Como é curioso notar que praticamente não foi explorada.
Trata-se de uma crítica razoável.
Mas perigosa, facilmente contraditória.
Um exemplo interessante.
Como são interessantes os truques de transmissão.
Que evitam faixas de protesto, evitam imagens fortes.
Desde invasão de campo até mensagens inteligentes.
É um tema de simpósio.
Tanto as críticas populares das arquibancadas quanto as imagens que a TV se habituou a evitar.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Gol de pelada no futebol espanhol

Não sei. Não tenho referência, não lembro de ninguém tocando no assunto, mal sou convicto de que isso é verdade. Mas é um momento sublime do futebol. Especial. Bizarro mesmo.

Atenha-se a decidir se o gol foi legal ou ilegal, caro amigo.



*Atualização: Pesquisado, e como suspeitei desde o princípio, trata-se de uma montagem, uma brilhante montagem publicitária. Pelo susto que deu e pelo trabalho sensacional, sustento-o.

Portuguesa, os que foram e quem ficou

Conversei hoje de manhã com um profissional da Portuguesa. Parece que o clima é mesmo devastador, pouco se vê da auto-estima e confiança de pouco tempo atrás, quando Wagner Benazzi transformou a Lusa, outra vez, no "sirí" do futebol nacional - bem menor que um tubarão, mas tão valente quanto.


A saída de Benazzi (foto) foi um golpe duro. A saída de Diogo, idem. Fantasmas voltam a assombrar o Canindé. Mas pelo que ouvi em off desse trabalhador lusitano, o problema não está apenas nos pilares que saíram, mas em alguns que ficaram. Ou melhor, em alguns que chegaram sem precisar.


Jogadores como Patrício, Edno e Carlos Alberto são citados como os principais nomes que fizeram o grupo da Lusa perder a pegada. Estes, que não roeram o osso da Serie-B, tratam a Portuguesa sem o mesmo entusiasmo e comprometimento do time que renasceu em 2007. E nada é mais contaminador em um grupo de futebol que o desinteresse.


A Lusa tem peças desinteressadas na Lusa. Isso tem a ver com a saída de Benazzi. Pode ter a ver com Christian, Zé Maria, outros que deram pinta mas não deram a cara no Canindé. E dá um ingrediente a mais para entender a agonia atual do novo time de Estevam Soares.

Foto: Estadão

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Se deus quiser, até 2012.

Esta, pinçada do site www.papodebola.com.br, do gaúcho indormível Edú Cesar.


E a alfinetada da Globo na Record via Galvão Bueno, hã? Tô estranhando que nenhum colunista deu hoje essa notícia, mas enfim... Fato é que, ao participar ao vivo do "Esporte Espetacular", quando a cerimônia de encerramento já estava no fim, o Galvão agradeceu aos patrocinadores e às agências de propaganda, única fonte de renda da emissora para levar a Olimpíada de graça para o Brasil, e fez a chamada para a Copa do Mundo de 2010, já que desta vez não podia dizer "até Londres, em 2012". Sinto que essa guerra entre globais e recordianos só está começando...

Noturno

Prefiro ir ao estádio de noite.
A explicação racional é a seguinte: minha noiva mora longe e nos vemos de fim de semana. Por isso é bom que no domingo meu time esteja longe, e é ideal que os jogos em casa sejam às quartas ou quintas, quando eu estou sozinho mesmo.

Outra explicação clássica é recorrer aos meus "ensinadores", que me levavam quando criança ao estádio, em jogos teoricamente menos lotados, ou seja, aqueles de quarta-feira, jogos de importância pouca.

Eu tenho minhas explicações preferidas. A primeira é que eu sou mesmo da noite, prefiro, é quando as rádios estão num ritmo mais calmo, o frio é mais comum e tanto faz se são duas ou cinco horas. A outra é mais abstrata, e é a hipótese de a noite torcer pro mesmo time que eu - afinal, se o sol já me foi cruel, o sereno sempre me consolou nas derrotas. Já pensou?

O rebaixamento do meu time foi no sol baiano de fritar ovo no asfalto. A Libertadores, que sempre acontece às noites, eliminou meu time diante de um rival eterno, sob a luz do sol, em 1994. Já a primeira vez que vi meu time ser campeão, um ano antes, seria antes das seis horas da tarde. Mas teve uma prorrogação estratégica, que serviu apenas para a noite se consumar na cidade.

Dá pra citar, claro, exemplos que abonem o sol e desmintam a lua. Mas pensa bem. Meu time voltou pra primeira divisão em um jogo à noite - e a rodada final era à tarde. A Libertadores nos veio de madrugada, ao passo que o Mundial de Clubes nos fugiu desgraçadamente em uma manhã. Ganhamos um brasileirão em cima do maior rival, de tarde, é verdade, mas com apenas um empate. Empate? A vitória decisiva veio no jogo de ida... uma bela e estrelada noite.

Os fantasmas noturnos são mais fantasmas. Assombram de verdade, não são gratuitamente cruéis como as feras que o sol solta no mundo. A derrota por 7x2 em casa, o ASA de Arapiraca, a virada de 3x0 pra 3x4, tudo isso foi de noite. Ué, derrotas e vitórias acontecem nas 4 estações, mas são estas que mais me visitam de tempos em tempos, e eu as valorizo por isso. Como a derrota na Libertadores de 2000, na Final noturna, me vem com a dor de meu pai, que morreu no mesmo dia, sob a luz do sol. O Palmeiras podia ter vencido, mas a noite não quis me aliviar da lição que o sol me deu. E eu respeito isso.

A noite é minha professora. Perder o último ônibus pra casa é educativo, deixa a mãe aflita, seu estômago faminto e seu rosto envergonhado. A noite é companheira, foi ela que chorou comigo - em forma de dilúvio - a despedida intelectual de meu ídolo Edmundo. A noite emoldura melhor, não faz reflexo em meus olhos míopes nem dá chance para outras luzes me tirarem a atenção do gramado. Ela tem consigo o ar boêmio e a aura romântica, e só é assim que o futebol é mais futebol. A noite me ajuda quando quero ir ao estádio como um gato de rua, escondido, sem cores, pelos becos.

É no jogo noturno que eu tenho o sublime prazer de aguardar o dia inteiro passar com cheiro de chuteira no corpo. Depois, olhar pela janela e só sair de casa com a certeza que o sol sumiu do mapa. E ao encontrar meu time sob a luz dos refletores, o encontro é também com a noite, que, juro, é palmeirense como eu.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O túmulo das arquibancadas

Nesse domingo, Portuguesa e Palmeiras se enfrentam no Pacaembu. Dois adversários tradicionais num palco ideal para as lembranças do passado. Minha avó me contava que, quando era moça, pedia pro meu avô levá-la ao Pacaembu para assistir Palmeiras e Portuguesa.


Minha avó gostava do contraste único das camisas e bandeiras vermelhas e verdes dos dois times.

Um romantismo que não posso ter, hoje em dia, com minha noiva. Primeiro porque ir ao estádio hoje não é tão simples. E, depois, que hoje em dia, sempre alguém tem que macular seu calção ou seu meião por conta da chata regra das cores diferentes - isso quando não aparece um time de verde limão!

Amigos corintianos que vão ao Pacaembu com mais frequencia me alertaram pra algo que vem ocorrendo nos jogos lá, e devem desgraçadamente virar moda. Barraquinhas de pernil, isopor de cerveja, churrasquinho de mini-grelha, nada deve estar na porta do estádio.

O futebol de hoje, idealizado por desembargadores, coronéis e delegados, repreende a tudo, em nome da ordem. Até o calção do seu time tem que se adequar à ordem. Não vou chover no molhado, mas apenas sugerir que se pense no quão adaptados estamos a este novo e detestável rigor hipócrita.

Assisti essa semana a um teipe da Final Paulista de 1993. 104 mil pessoas, separação por cordas, numeradas realmente mistas, bandeiras, fogos. Tudo que hoje não pode em São Paulo. Relatos de corintianos contam que kombis vendem lanches "em movimento", para não configurar venda "ambulante", na porta do Pacaembu. Surreal.

A mesma ordem excessiva que coloca o STJD como mãe e madrasta do futebol mimado que temos, está cada vez mais estabelecida na forma cotidiana de se ir ao estádio de futebol - sem que, com isso, lhe resolvam o problema de comprar em paz um ingresso.

No resto do Brasil, as bandeiras não são, ainda, relacionadas ao crime. Em São Paulo, falta a cor das bandeiras, ao passo que virou de suma importância que cada estádio seja dividido por cores de setores. A cidade de São Paulo está se tornando o túmulo das arquibancadas, e se adaptando a isto de forma muito veloz.

Parece pouco, mas a extinção da barraquinha de pernil é a perda de mais um território onde pessoas de bem curtiam uma ida ao estádio nessa cidade, onde, cadavez mais, só é permitido trabalhar.

Grandes Uniformes - Brasil 1982

Vou, com regularidade (sem essa de estabelecer dia da semana, isso não tá com nada!), fazer uma homenagem a grandes uniformes da história do futebol. Pela beleza, pelo que representaram ou pelo que podem explicar, pelo que podem contar para nós.

Inauguro a sessão com uma canarinha. A canarinha usada pelo Brasil na Copa de 1982. A camisa de gola olímpica que ficou marcada pelo timaço que não alcançou o tetra. Fabricada pela paulista Topper (pra quem reclama da mundial Nike), foi também a primeira vez que o distintivo "com marca de café" representou a CBF no manto numa Copa.

Nesse tempo os uniformes eram mais legais. Hoje em dia, as roupas são feitas para eliminar o suor. Essa camisa, de 82, suava, encharcava, começava num tom de amarelo e terminava com outro.

Isso talvez explique a relação mais humana entre jogador e camisa. Este uniforme inaugura a lista por conta dessa relação humana que ainda perdura. É preciso lembrar dessa equipe de 82, mesmo eu, que nem vivo era na época.

Não porque jogava muito, tinham craques ou qualquer coisa. Mas porque, quando o Brasil perdeu em 82, o brasileiro perdeu junto, se sentiu golpeado. E dá saudade de perder junto desta camisa.

Jogamos nessa sexta pelo bronze olímpico. De novo, sem alma olímpica. Com um uniforme horroroso, onde o único logotipo é o da Nike. Com a tipografia do número inspirada nos números do "Real" - melhor seria se inspirar no "Euro".

Um uniforme que se compra, mas não se veste. Nem por eles, nem por nós. Esperemos isso mudar.


imagem feita pelo blog http://www.switchimageproject.blogspot.com/. Para vê-la em tamanho maior, clica nela.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

As meninas e o merecimento


Jogo por jogo, não achei que a derrota Olímpica das meninas do Brasil nessa final foi assim tão injusta. Os Estados Unidos, escaldados pelo banho que tomaram na Copa do Mundo, foram cirúrgicos na defesa. Cautelosos.

Se soltaram no último terço do jogo. O Brasil sentiu isso, ficou incômodo. O ataque bateu boca e cabeça, a defesa trepidou, e os pulmões, junto das pernas, deram a senha para as americanas: era a hora do bote.

A pressão veio no fim do jogo e no começo da prorrogação. Após o gol, um correto jogo defensivo voltou à tona, com pouca margem de erro e uma zagueiraça, a capitã Rampone. Foi bonita a pressão brasileira, mas, em campo, os EUA tiveram méritos claros pelo 1x0 final.
O que podemos citar como injusto, ou cruel, é o tanto que essas moças fazem com tão pouco. A sucessão de vices, a superação e a ingrata recompensa dos deuses do futebol são realmente de doer o coração.

Mas esse discurso é perigoso. Olhem o voley brasileiro. Nossas meninas estão na Final, também contra os Estados Unidos. Campanha perfeita e um discurso de que elas merecem. Pela superação, pela trajetória cheia de vices, e tal e coisa.

Mas esse tal "merecimento" que vem de fora da cancha tem uma mão que vai, outra que vem. As americanas do voley proporcionaram uma das grandes cenas das Olimpíadas ao chorarem a classificação à final. Lágrimas em nome de um parente do treinador do time masculino, que foi assassinado em Pequim no primeiro dia dos jogos.

A história é comovente e eu particularmente acho que mereciam ser campeãs no voley. Mas jogo é jogo. O Brasil que vença, que não dê chances.

No futebol, nós demos chances. Não aproveitamos o melhor momento contra as frias e letais americanas. Elas aproveitaram. Não há vergonha nisso. Mas também não há toda essa injustiça.

A prata valeu. Este time feminino tinha algo a dizer para o brasileiro que torce. E disse. O bronze do masculino, se vier, vem mudo.
Foto: Globoesporte.com

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Luxemburgo e as metáforas possíveis


Desculpa se eu ultrapassar o limite do bom gosto em minha metáfora. Mas tenho uma comparação a fazer sobre a relação entre Palmeiras e Vanderlei Luxemburgo.


Quando você tem uma namoradinha bonitinha, sensível e compromissada, e ela, na hora da transa, te nega fogo, não se sente à vontade, você releva, deixa tudo bem, tranquiliza a menina. Porém, se você está no meio de um flashback com uma mulher mais velha, cuja qual você teve relações passadas que beiraram a vulgaridade, esta ao lhe negar fogo, será destratada no ato.


Há quem veja Caio Junior nessa posição de "namoradinha honesta", pois o Palmeiras parece que perdoou a temporada de flagrantes fracassos sob seu comando. Eu prefiro só jogar luz sob a condição de "namoradona desgastada" que Luxa ocupa no alviverde. As passagens na decada de 90 foram lindas, saborosas, como um começo de romance. Mas os fins não soaram fieis, deixaram marcas. Demorou a reconciliação. Veio em 2002, mas aí o novo desmanche foi traumático demais. Parecia definitivo. E o Palmeiras quis tentar de novo.


Se você deixou passar essa metáfora, vou abusar, tentar ir um pouco mais fundo. Imagine que o Palmeiras é uma pessoa, um homem. Solteiro faz algum tempo. Precisando dar suas namoradas. De repente, aparece uma boa grana em sua casa. Ele pode gastar à vontade. E recorre ao serviço profissional do sexo. Abre mão de sua religião, de seus princípios básicos de relacionar sexo a afeto, mas ao menos sana sua primitiva vontade.


Não, por favor não liguem a imagem da prostituta a ninguém em específico. Mas imaginem um Palmeiras que precisava ser campeão. De qualquer forma. E de repente, ganhou dinheiro aos montes. E trouxe um sujeito controverso para ser técnico. Sua missão era tornar o time campeão. O Palmeiras, assim, em troca do caneco, abriu mão de seu orgulho próprio, de sua identidade, não quis saber muito de cuidar da alma e dos princípios - era o título que interessava.


Para essa missão, Luxa é o nome certo. Ele sabe ser campeão. E ele é mestre em fazer o time perder brilho próprio a medio prazo. Sua relação é "profissional" até demais. Promíscua, de tão profissional. Pois quem tem tão pouco afeto por algo, não pode ser um profissional sincero. Luxa fez o Palmeiras campeão, mas agora a torcida está sentindo falta daquele Palmeiras mais resoluto e vibrante, um Palmeiras mais característico, típico, que ostenta sua fibra.


E esse Palmeiras não ostenta. As derrotas fora de casa dão margem a outra metáfora. O namoro nunca vai pra frente quando é tratado como mero ato de comodismo. E o Palmeiras de hoje adora o comodismo de seu estádio, ao passo que odeia o conflito e o incômodo dos jogos agudos, fora de casa. Não é à toa que o Palmeiras de Caio Junior era melhor fora do que em casa. E os momentos de desinteresse com a vida que o Verdão atual demonstra trazem ao palmeirense uma estranha saudade de outros tempos - quando as vacas eram magras, mas tinha olho no olho.


Luxemburgo segue exercitando seu "profissionalismo". Desvalorizando e depois encorajando Valdívia a dar adeus. Convencendo a imprensa com um mantra surreal de que "profissional tem que ver seu lado sempre", enquanto torcia por uma ligação vinda de Lyon, Milão ou qualquer outra capital européia. Deixando a nova camisa enfim esmeraldina marcada por atuações tão indiferentes que mereciam o verde água desbotado de tempos de Serie-B e ASA de Arapiraca - sua maior derrota dentro do Palmeiras .


Mas aí é como disse certa vez Claudio Carsugui. Reclamar que Vanderlei Luxemburgo trabalha sem identificação com o clube é "como comprar um terno preto, e um mês depois reclamar que o achou escuro".

*Na foto, Luxa recebe amigos em seu trabalho.

ps. Bem vindo ao meu Blog!