De Leandro Iamin
O futebol brasileiro passa por crise criativa não só dentro das 4 linhas.
Diariamente o nome de Adriano está nas manchetes vinculado a algum clube. Quando não é o Imperador, é o Vágner Love, o Grafite ou outro medalhão caro qualquer.
Ninguém mais tem coragem de achar um jogador barato e promissor em um time do interior. Falta criatividade para observar estes atletas.
Nomes menos badalados geram menos ações do tal do marketing, o que não justifica nada para mim.
As categorias de base também são menos exploradas do que deveriam. Opção barata e que sempre deu certo, o "menino da base" vive perdendo terreno para o "especulado e consagrado craque do exterior".
Gilson Kleina
Nesta segunda, o Fluminense anunciou acordo com Gilson Kleina, que em seguida recusou o convite para treinar o Tricolor.
Nos poucos minutos em que ele foi "oficialmente" o treinador do Flu, muitos fizeram piada, debocharam da escolha.
Mas Kleina não é um nome errado.
Faz um excelente trabalho com a Ponte Preta em 2011. Teve boas passagens por Duque de Caxias, Ipatinga e o gaúcho Caxias. Não chegou ontem no futebol, foi assistente de Abel no Olympique de Marselha.
É sério, claro e inteligente quando dá entrevistas, e me parece evidente que é um bom nome de uma nova geração de treinadores.
Eu arriscaria. Quem não arrisca ou usa a criatividade, vai ter sempre as mesmas - e caras, caríssimas - opções.
Prefiro o Fluminense com Kleina e Rafael Moura que especulando Grafite e torrando grana, por exemplo, em um Adilson Batista.
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