segunda-feira, 6 de julho de 2009

Vélez: um campeão borrado

Com 36 anos sem título, o modesto Huracán contava com toda a torcida argentina. Com chuva e atraso, o Vélez, em casa e pela vitória, bancava o vilão contra o Huracán, a quem bastava empatar.

O jogo começou veloz, aberto. O Huracán estava à vontade, trocando passes, mas o "furacão" não foi mais forte que a chuva de granizo que interrompeu o jogo aos 18, por cerca de 20 minutos.

Esses 20 minutos foram de insistentes replays: um gol legítimo do Huracán foi anulado, por impedimento. Nem polêmico o lance foi: posição legal!

Na volta, o Vélez controlou o jogo. Vertical, com pontas abertos ganhando o fundo, e o Huracán se encolheu. Aos 24, Araujo derrubou Martínez, e dessa vez o juiz acertou. penalty pro Vélez.

Monzón caiu pra sua direita e espalmou pra fora! No escanteio, Arano tirou, de cabeça, em cima da linha. El Globo passou ileso por dois lances agudos, mas continuou sem conseguir ser cadenciado como gosta.

Martinez, camisa 7 azul, caía pelos lados, objetivo e veloz como um Euller. O Vélez imprime um ritmo forte, e tem seu melhor momento no jogo. Mas de nada adiantou.

No final da primeira etapa, o Huracán deu dois enormes sustos, com uma bola no travessão, inclusive. Mas, de novo, a confiança do visitante foi freada pelo juiz: intervalo.

Na etapa final, o Platense foi sincero em posicionar-se muito recuado, com uma linha de 5 atrás, tendo um líbero. Isso neutralizou os lances de velocidade de Los Fortineros, obrigou o meio a pensar mais.

Mensagem dada, reação tomada: Larrivey, atacante de área, entrou no lugar do laeral Dias. O Huracán responde colocando um atacante descansado e de velocidade, Cesar González.

Nas trocas, o Huracán se deu bem. O Vélez não teve mais calma pra bolar soluções. Faltando 20 minutos, Velazquez, rápido mas nada prestigiado com a torcida, uma espécie de Denílson, entrou para "salvar" O Vélez.

A pressão não surtia efeito. Até que, num balão aos 40, o Vélez venceu a zaga e Larrivey teve sua chance. Porém, ele atingiu o goleiro em falta escandalosa.

O árbitro ignorou, e, no rebote, Maxi Moralez empurrou pra rede. É o gol do título fortinero.

E o início da perda completa de compostura do time prejudicado. O autor do gol sofre cãimbra e vai expulso, por tirar a camisa. O jogo não anda.

A bola rola, e num arremesso lateral, uma bagunça é armada entre os bancos de reservas. o jogo não anda.

A bola rola de novo e Larrivey se indispõe com a zaga do Globo. Empurra-empurra, sopapos, e Sebá, zagueiro do Vélez, aquele mesmo ex-Corínthians, aparece com o rosto cheio de sangue.

O jogo não anda. São 58 minutos, e o árbitro Gabriel Brazenas apita o final da Final, que ele apitou tão mal.

O Vélez é o novo campeão. Posto que a Argentina toda havia adotado o Huracán para apoiar, os lances controversos à favor do novo campeão serão lamentados por dias e dias.

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