Vou, com regularidade (sem essa de estabelecer dia da semana, isso não tá com nada!), fazer uma homenagem a grandes uniformes da história do futebol. Pela beleza, pelo que representaram ou pelo que podem explicar, pelo que podem contar para nós.
Inauguro a sessão com uma canarinha. A canarinha usada pelo Brasil na Copa de 1982. A camisa de gola olímpica que ficou marcada pelo timaço que não alcançou o tetra. Fabricada pela paulista Topper (pra quem reclama da mundial Nike), foi também a primeira vez que o distintivo "com marca de café" representou a CBF no manto numa Copa.
Nesse tempo os uniformes eram mais legais. Hoje em dia, as roupas são feitas para eliminar o suor. Essa camisa, de 82, suava, encharcava, começava num tom de amarelo e terminava com outro.
Isso talvez explique a relação mais humana entre jogador e camisa. Este uniforme inaugura a lista por conta dessa relação humana que ainda perdura. É preciso lembrar dessa equipe de 82, mesmo eu, que nem vivo era na época.
Não porque jogava muito, tinham craques ou qualquer coisa. Mas porque, quando o Brasil perdeu em 82, o brasileiro perdeu junto, se sentiu golpeado. E dá saudade de perder junto desta camisa.
Jogamos nessa sexta pelo bronze olímpico. De novo, sem alma olímpica. Com um uniforme horroroso, onde o único logotipo é o da Nike. Com a tipografia do número inspirada nos números do "Real" - melhor seria se inspirar no "Euro".
Um uniforme que se compra, mas não se veste. Nem por eles, nem por nós. Esperemos isso mudar.
imagem feita pelo blog http://www.switchimageproject.blogspot.com/. Para vê-la em tamanho maior, clica nela.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário