terça-feira, 21 de outubro de 2008

Inferior Tribunal

Entrevista com Paulo Schmidt, procurador geral do STJD. Não é preciso selecionar muito além de sua declaração mais célebre, consagradora, que explica de forma clara o que os "homens da moralidade" definem como "justiça desportiva".

O senhor assiste a todos os jogos do Brasileirão?


Analisamos lances específicos, assistimos a alguns jogos, acompanhamos alguns programas e suas repercussões. Ah, mas isso é injusto? Não. Tem equipes que são mais televisionadas que outras. Quem é mais visto está sendo mais televisionado tem quebra de isonomia porque está recebendo mais. Ganha mais direito de imagem, de arena, e de transmissão. É natural cobrar melhor disciplina de quem é mais fiscalizado. Violência precisa ser coibida. Não gostou? Não cometa infração.

Não acho preciso gastar tecla e espaço em meu blog para argumentar que, por princípio e definição, a justiça se baseia no equilíbrio, na igualdade. O procurador sugere o contrário, e acha lindo. Vai à TV e resmunga, diz que o órgão que representa tem sido muito atacado, pois são "homens com vocação para a justiça".

Desembargadores, delegados, procuradores, coronéis. O futebol do país explica um pouco do país, certo? Sinto o futebol brasileiro contando sobre o país, numa tal década de 60.

ps. Os grifos são meus.

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